Entulhos autoritários?
- Aderbal Machado
- há 7 minutos
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Opinam que o projeto da prefeita criando uma forma de se homenagear a pátria nas escolas municipais de Balneário Camboriú com formaturas e cantigas dos hinos, seria uma "ode às ditaduras". Referem-se, enfim, ao patriotismo da bandeira e dos hinos, a serem cantados semanalmente por alunos da rede municipal. Seria um chamado e considerado "entulho autoritário" a ser segregado, no entendimento do texto.
Vejamos:
A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), seria, por esta tese, um "entulho autoritário" e dos piores, pois elaborada pela ditadura de Getúlio Vargas no seu auge. E pior: baseada, na sua essência, à "Carta di Lavoro" do regime fascista italiano de Benito Mussolini. Mas ninguém pensa e nem pensou em revogá-la.
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) seria, também, um "entulho autoritário", pois criado em 1967, no auge dos governos militares - comumente chamados de ditadura.
Mas ninguém pensa e nem pensou em revogá-lo.
A Voz do Brasil, em plena vigência, foi criada na ditadura de Vargas para exaltar seu regime e seu poder, seguindo teses de Goebbels, o mentor da comunicação de Adolf Hitler. Enfim, também um "entulho autoritário".
Mas ninguém pensa e nem pensou em revogá-la.
Absurdos radicais da esquerda vão além: agora mesmo há um movimento na UFSC para retirar o busto do criador e primeiro reitor da universidade, João David Ferreira Lima, por supostas vinculações aos governos militares.

Ele foi "apenas" um dos principais mentores da criação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e seu primeiro reitor.
Deu início à construção do Centro Tecnológico, do prédio da Reitoria, da Imprensa Universitária e do Centro de Desportos.
Promoveu a Reforma Universitária em 1969, que extinguiu as faculdades e criou os centros e departamentos.
Implantou uma administração inovadora, reconhecida como a melhor do país pelo Ministério da Educação e Cultura, e investiu fortemente na capacitação e especialização do corpo docente.
Ele foi nomeado em 16 de setembro de 1961 e permaneceu no cargo até 24 de outubro de 1972. Ele teve dois vice-reitores: Luiz Osvaldo D’Acâmpora e Roberto Mündel de Lacerda.
Resumindo, eles querem, apenas, apagar a história real por um capricho ideológico.
Esse pessoal precisa se tratar com urgência.
(NA IMAGEM, O FALECIDO REITOR E FUNDADOR DA UFSC, JOÃO DAVID FERREIRA LIMA)
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