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  • Foto do escritorAderbal Machado

Com ataques condenatórios, manifestações prosseguem e crescem: qual seu efeito no futuro imediato?


A grande imprensa critica com toda a acidez peculiar as manifestações - sob epítetos de "antidemocráticas", "ilegais" e "golpistas" - e, no entanto, vivem a omiti-las completamente do seu noticiário, fingindo nada estar acontecendo. É no mínimo uma contradição: negar aquilo que não mostra, mas que fervilha em todos os quadrantes nacionais, em frente a quartéis militares, sem incidências maiores ou menores aqui ou ali. Coisa muito igual por todos os cantos. Ingenuidade acreditar que essas pessoas estão nas ruas apenas por diversão ou apenas para ocupar-se com alguma coisa.

Sem uma liderança, sem chamadas especiais, sem políticos envolvidos diretamente, sem guias, sem cabeças. E isto as torna ainda mais legítimas.

A mesma inconstitucionalidade, ilegalidade ou golpismo, se há desejo que assim sejam essas manifestações, não eram antes e não serão depois atribuídas às manifestações de invasão de propriedades públicas e privadas, não raro com violência ou ameaças e, inclusive, bloqueio de rodovias e acessos às cidades, como o caso das pontes de Florianópolis. Há precedentes aos montes e haverá incidências futuras.

As manifestações, sob qualquer singular adjetivação que se lhes imponham os contrários, são uma realidade. Só isso. Estão aí. E não se trata de meia dúzia de pessoas fanatizadas. É povo mesmo.

Enquanto isso, discute-se o resultado da eleição. E então os questionadores são calados à força, com censura prévia e/ou censura total nas mídias sociais, com criminalização aguda, não prevista em qualquer lei. E, diga-se, vedadas pela Constituição. Mas hoje, constitucionalidade virou um papel qualquer, solto ao vento dos casuísmos políticos.

A questão final é: como acabará tudo isso? É uma incógnita. Já vimos muitos filmes semelhantes ao longo da história nacional, com finais diferentes.

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