Vereadores: nova realidade eleitoral exigirá mais votos

O quociente eleitoral da eleição deste ano em Balneário Camboriú (quantidade de votos necessários para eleger um vereador), vai exigir muito das chapas formadas. O quociente eleitoral desta eleição em Balneário Camboriú é de 5.663 votos (o novo eleitorado é de 106.783). Ou seja: o partido precisará levar estes votos para eleger UM vereador e, em alcançando, o primeiro mais votado dentro da legenda será o eleito e assim sucessivamente.

Por isso, os nomes à disposição precisam ter "poder de fogo". A distribuição inicial das candidaturas precisa ser, tanto quanto possível, bem distribuída por bairros. A expressão pessoal e comunitária conta muito. Ou isso ou a tentativa de eleger-se se complica bem.

Na eleição passada, o quociente foi de pouco mais de 4.500 votos. No entanto o vereador mais votado foi Lucas Gotardo, do Novo, que chegou com 1.220 votos (e o Novo só elegeu um) e o menos votado entre os eleitos foi Patrick Machado, do PDT, com 500 votos (e o PDT elegeu dois - Patrick e Eduardo Zanatta, hoje no PT).

O quociente eleitoral da eleição passada mudou bastante ante a votação final: foram 61.682 votos válidos (dos 90.447 totais, as abstenções somaram 28.765, mais 2.899 votos brancos e 2.161 voto nulos; tudo isso soma mais de 30% dos votos totais, valor negativo altíssimo). E o quociente baixou para pouco mais de 3.000 votos. A isto se soma o fato de o número de candidaturas de cada partido reduziu bem - agora é apenas o número de vagas mais um.

Vê-se que a realidade final mudou muito em relação ao cálculo inicial, no número total de eleitores dividido pelo número de vagas (19) ou o cálculo de quociente exigido. E neste caso chega a pergunta: qual o "´poder de fogo" da nominata de um partido agora (capacidade de somar votos) levados em conta os números e dados da eleição passada, até pela elevação do quociente eleitoral. É menor ou duvidosa? Ou é maior?

Os partidos terão que ser criteriosos e pragmáticos.