O sentimento patriótico precisa ser ensinado, sim, e já
- Aderbal Machado
- há 2 minutos
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Li num órgão da imprensa local que a exaltação ao patriotismo nas escolas seria "coisa de ditaduras". Tudo por causa de projeto da prefeita Juliana Pavan, remetido à Câmara Municipal, criando o programa "Pátria na Escola", obrigando formações e cantos de hinos, mensalmente, nas escolas municipais e particulares com vagas compradas pelo município.
Remontam todo um histórico dos tempos de Vargas e dos militares. Mas um dos mais democráticos do mundo, os Estados Unidos da América, mantém o civismo como célula base de sua vida. A ponto de, observem os que duvidarem, todos os filmes ou produções americanas, todos, sempre mostrarem, seja por um momento ou em alguma ação, a bandeira dos Estados Unidos. E poucos têm mais patriotismo do que eles, demonstrado dentro e fora das suas fronteiras. Sabemos todos que os EUA não chegam nem perto de uma ditadura.
A França também é assim. A Itália idem. Os portugueses também o são, para citar alguns países democráticos com altos e relevantes sentimentos patrióticos. Além de, reforçando isso, zelo pelo patrimônio histórico. E neste quesito - patrimônio histórico preservado e prestigiado - perdemos de mil a zero para qualquer país do mundo. Em patriotismo, mais ainda. Por isso mesmo o projeto da prefeita é válido, não apenas pelo seu fim específico - as formações mensais dos alunos -, mas pela elevação de valores que estão morrendo a cada dia mais, a ponto de muitos terem ódio da nacionalidade.
Olavo Bilac tinha razão e fundamenta isso: Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste...
No meu tempo de escola primária (1952-1954), as formações gerais eram semanais, mas diariamente todas as classes faziam formações antes de adentrar as salas. Com lições de ordem e alinhamento. O governo era o de Getúlio, mas já não ditador e sim presidente eleito em 1950.
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