Na falta de conteúdo, armar barracos e confusões
- Aderbal Machado

- 22 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Acompanhei as notícias e a repercussão sobre o barraco armado na Barra por gente ligada ao prefeito e ao candidato dele à prefeitura. Houve desmentidos da vinculação, mas há (e foram publicadas), várias imagens da pessoa que liderou o barraco com o prefeito e o candidato dele. Então o fato é indesmentível.
O tema foi um episódio ocorrido há uns 30 anos (a desativação das pedreiras, em função de ação do Ministério Público para a sua desativação, por notória degradação ambiental).
Fiz-me a pergunta: por que só após quase (ou mais) de 30 anos? Porque é conveniente, só isso. Ora, quantas eleições de lá pra cá, envolvendo o próprio Leonel Pavan, principal acusado pelo barraco armado? Um silêncio sepulcral este tempo todo diz muito sobre isso. E não se saber (eu, pelo menos não sei) de ações judiciais tentando reparações. Ou acusando o então prefeito. Houve bate-boca, mas isso é consequência natural.
Finalmente, já imaginaram continuar a pedreira a funcionar até hoje? Pois é...
Um detalhe: os barracos armados, como este, continuarão. Vão criar mais. Esperem e confiram. O candidato oficial e sua campanha buscam temáticas, eis que suas próprias são frágeis. Falta assunto. O conteúdo é repetitivo e fraco, tal qual o candidato. Então, vão criar mais barracos, gerar mais denúncias disso e daquilo e, sim, vão tentar tumultuar, à falta de coisa melhor e mais adequada a fazer.
É uma jogadinha manjada, tosca e primária: incomodar e obrigar Juliana Pavan, candidata opositora, a ficar se defendendo e gastando tempo nisso, ao invés de seguir na sua campanha mostrando suas ideias e projetos para cidade.
E acho, salvo melhor juízo, que deram trela demais para o tema, em reação à sua superveniência. Uma posição curta, sumária e firme resolveria melhor. Mas cada qual é cada qual. A razão é simples: não tem absolutamente nada a ver com a campanha atual.
Ah, fechando com chave de ouro o assunto: Segundo o jornal Página 3, a pessoa que armou o barraco, alegando "trauma de infância" com o episódio das pedreiras, não era nem nascida no ano em que o fato ocorreu. Nasceu dois anos depois. LEIA: Mulher que fez cena contra família Pavan não era nascida quando 56 broqueiros foram presos em 1991 (pagina3.com.br)










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