Ideias sobre radares, ônibus gratuitos e estacionamento rotativo
- Aderbal Machado

- 25 de out. de 2024
- 2 min de leitura

Não basta ter estatísticas do número de acidentes na cidade para justificar a implantação ou retorno dos controladores de velocidade com dispositivo de notificação de multa. É preciso ver as circunstâncias dos acidentes com essas características - se foram, afinal, decorrentes do excesso de velocidade. Não conheço esses dados. Quem conhecer, repasse. Agradeço.
Este é um primeiro ponto. O segundo ponto são os locais de ocorrência desses acidentes. Pois não justifica forrar a cidade inteira dos controladores sem nenhuma justificativa ou estatísticas fundadas. Cito um exemplo: a rua 3000, entre a Brasil e a Terceira. Ali tem um controlador de velocidade. Quantos acidentes ou ocorrências de trânsito sob velocidade excessiva ocorreram ali? Nunca li, ouvi ou vi. Além disso, velocidade excessiva a ponto de o motorista se perder e causar um acidente vai prosseguir, com ou sem controladores de velocidade. Os dementes e paranoicos não dão bola para controladores de velocidade.
Assim como bandido pouca importância dá para câmeras de vigilância. Às vezes pouca bola dão até para a presença policial - haja vista a ocorrência do incêndio criminoso de um veículo da GM em plena Praça Tamandaré, em frente ao posto da própria GM, tempos atrás.
Não significa que, por isso a polícia ou a GM seriam inúteis. Muito pelo contrário. Serão sempre importantes, com a logística certa. No trânsito, idem. Mas a logística dos controladores de velocidade, salvo melhor juízo, poderia ou deveria ser mais amplamente explicitada.
Até porque, estendendo um pouco mais os exemplos, o estacionamento rotativo, tido e havido como constituído sob regras muito bem elaboradas, já se alterou algumas vezes. O que era imprescindível, virou mutável - ou inútil. Outra coisa foi dizerem que serviria para complementar o pagamento das tarifas livres dos ônibus urbanos - o que não é verdadeiro.
Então o sistema está aí, ativado, mas não serve de grande coisa. Sequer se justifica na sua própria condição de transportar trabalhadores e facilitar sua vida. A impressão que se tem é que quem menos utiliza os ditos cujos são trabalhadores para ir e vir aos seus empregos. Seja por falta de ônibus suficientes, seja por falta de linhas suficientes, seja por falta de horários suficientes.
Não podemos viver de exceções, demandas falsas e insuficiências. A cidade tem pressa. Mas sem açodamento.










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