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Há 40 anos, falecia um dos maiores personagens políticos e empresariais de SC: Diomício Freitas

Há quarenta anos falecia Diomício Freitas, vítima de acidente no dia anterior, na BR-101, entre Laguna e Imbituba. Ao desviar de um caminhão em ultrapassagem, bateu num outro caminhão estacionado no estacionamento da rodovia.


Internado no Hospital São José, de Criciúma, após imediato atendimento no local do acidente, passou por diagnóstico e chegou a ser considerado fora de perigo. Então veio uma embolia e causou sua morte já próximo da noite do dia 29 de maio de 1981.

Vivi muitos momentos complicados na vida profissional, mas anunciar a sua morte está acima de todos. Pior ainda, porque momentos antes de ir pra televisão e abrir o jornal da noite, eu o visitei no seu quarto de hospital e trocamos palavras por um breve momento. Ele me pareceu bem e por isso fiquei até otimista com sua recuperação.

Jornal no ar, chega alguém com o recado, que pedi para me ser repassado depois do jornal. A pessoa falou em urgência. Chamei o intervalo emergencialmente. Imaginei muitas coisas, menos a morte de Diomício.


E então veio o recado do Evaldo Stopassoli, diretor da emissora: falecera Diomício naquele momento. Anunciei e não suportei a pressão emocional: aos choros, abandonei o cenário, obrigando os colegas a improvisarem o restante da apresentação.

Essa emoção nasceu não apenas na personalidade do velho Diomício, nosso patrão maior nas empresas do grupo, incluídas a Rádio Eldorado e a TV Eldorado, onde eu trabalhava.

Essa emoção ganhou uma força imensa na nossa convivência, mantido não apenas comigo, mas com todos os funcionários.


No entanto, tive com ele momentos únicos, pois a missão política do grupo me eram repassadas para gerar fatos em torno de objetivos. Tenho o orgulho eterno de ter usufruído da confiança do velho Diomício, como coordenador de jornalismo da RCE - Rede de Comunicações Eldorado.


Sobre Diomício muito se pode dizer. Era um líder nato. Usava o poder socialmente, em favor de todos. Sabia o poder que tinha. O sul do Estado, Criciúma especialmente, dificilmente repetirá momentos como aqueles, sob a tutela política e empresarial de Diomício Freitas.

Chegou a ser deputado federal (1962-1966) pela Arena. E então resolveu ser apenas um grande eleitor, delegando a Adhemar Ghisi, seu parceiro e protegido político, a missão de seguir adiante. E Adhemar o fez com brilhantismo, com vários mandatos de deputado federal e até ministro e presidente do Tribunal de Contas da União.


Por último, foi suplente de Senador, na chapa do titular Lenoir Vargas Ferreira.

Tinha sólida formação ideológica, sem renegar aproximações com adversários e até enaltecê-los e apoiá-los quando isso significasse vantagem para a região. Homem de diálogo franco e aberto. Sem deixar de ser vigoroso na hora da disputa e do confronto.

Muitas saudades do velho Diomício.


Na foto, ele e eu, aparecendo a também saudosa Dona Agripina, quando da comemoração das suas Bodas de Ouro, em 1979, no Clube Mampituba.

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