Faltando conteúdo e argumento, sobra só apelar ao bolsonarismo
- Aderbal Machado

- 6 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
O encontro do CPAC - evento de conservadores em Balneário Camboriú -, serve de estribo para tentativa de pré-candidatos tentarem se promover. Casos típicos: faltando voto e conteúdo, apele-se à imagem de Bolsonaro, principal figura do evento, junto com o presidente argentino Javier Milei.
Eleição se ganha no voto e neste momento fica difícil saber - exceto talvez em capitais como as de São Paulo, Minas ou Rio de Janeiro - qual o efeito do bolsonarismo para angariar votos e catalisar apoios. É imponderável. Não são favas contadas, na base do "apoiou, ganhou". É bom lembrar uma obviedade: 2024 não é 2022 ou 2018 (quando Bolsonaro realmente influiu) e eleição municipal não é eleição nacional. Isso, embora não pareça e eventualmente alguém não concorde, faz uma diferença fundamental na nossa opinião.
Ademais, eleição municipal tem o efeito do sucesso ou fracasso de comunicação e gestão da administração municipal. A maioria dos votos é de caráter quase íntimo e direto, olho no olho, baseada no que se sabe da imagem profissional, política e pessoal do candidato ou candidata e seus projetos, enunciados de campanha e ações, unidos a seus vínculos efetivos com a cidade. Muito diferente de votar num nome que nunca se viu mais gordo ou mais magro à sua frente. Pior ainda quando o candidato, além de tudo, não tem qualquer referência mais funda e possível de se detectar com a cidade. Nenhum ato para chamar de seu em favor do povo e do lugar.
Pior ainda quando a própria origem eleitoral do candidato é falsificada ou de ocasião, surgida ao sabor de interesses pouco louváveis e em contradição com a lealdade exigida em política e na vida como um todo. Não se trata de uma brincadeira ou de um negócio.
Bom a gente se apegar à responsabilidade do voto. Longe de arribadores e aventureiros apadrinhados, principalmente.











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