Ex-prefeitos de BC e seus currículos formidáveis

Coloque-se nesses ex-prefeitos todos os defeitos que se queira ou imagine, só não coloquem o de incompetentes. Porque não cabe. Sobre Pavan, principalmente, ao buscar minimizar seus feitos ou sua trajetória, esquecem, intencional e malevolamente, suas vitórias excepcionais: vereador, prefeito três vezes, deputado estadual, senador, deputado federal, vice-governador e governador.

Quem mais tem esse currículo em SC? Todos cargos de voto direto ou de consequência dele, no caso de governador, cargo assumido pela saída de Luiz Henrique, por vontade própria (pois desobrigado legalmente a fazê-lo) para concorrer à reeleição.

Tenho a vaidade de ter trabalhado com Pavan, Spernau e Piriquito. E digo: nenhum deles, enquanto estive no exercício dos cargos ocupados na administração municipal (Diretor de Cultura (por quatro anos, sob Pavan e Spernau) e Assessor de Comunicação e Gabinete da Emasa (por seis anos, sob Piriquito) nos tempos bons de concretização da ETE depois desprezada pelo atual prefeito, rebentando com sua eficiência saneadora, NENHUM deles jamais me fiscalizou, jamais me apontou erros de gestão, jamais interferiu nas minhas funções. Rigorosamente, dentro das atribuições e da lei, fiz o que quis e tinha como adequado. Pelo contrário, até, me prestigiaram muito e por isso sou grato.

Foram dez anos nessas funções.

Por isso posso falar. Mesmo em campos opostos após ter convivido com eles, em se tratando de algumas questões políticas, jamais nos perdemos em desrespeito ou ataques açodados e malucos. Traições, nem pensar.

Hoje fico imaginando as tentativas de desacreditar suas administrações a uma simples "envídia rebelde".

No caso de Pavan, foi ele quem promoveu fantasticamente a cidade em nível nacional. Pegou-a modesta, bem interiorana, frágil economicamente e a introduziu na faixa das cidades mais cobiçadas do Brasil.

Spernau prosseguiu o andar de Pavan, vice que era e assumiu. E depois se reelegeu.

Piriquito estruturou a cidade na mobilidade urbana e foi o autor direto da decisão de construir a nova ETE, a obra mais significativa da cidade.

Deixo por conta da imaginação popular os demais feitos deles. E foram muitos.

As bases que hoje existem em Balneário Camboriú - educação, saúde, assistência social, saneamento, planejamento, segurança e mobilidade urbana vêm da época dessas figuras, cada uma com uma ação vital. Bastaria prosseguir e alinhar. Pena que, em alguns casos, a atual administração conseguiu piorar, como educação e saneamento. Detonou a ETE e não construiu uma escola sequer. Pelo contrário, até derrubou uma, a mais importante e, embora tenha garantido, não a reconstruiu e nem criou novas vagas na escola pública de tempo integral, como era o CIEP de saudosa memória.

Defeitos? Sim, todos têm. Mas tirar-lhes os méritos por meras picuinhas ou desvios inconfessáveis, jamais.

Portanto, dar uma conotação pejorativa a um desses nomes políticos nas suas trajetórias político-eleitorais é insalubre e condenável, até. Simplesmente por serem mentiras.