Em debates, melhor abrir espaços para propostas do que entreveros entre os candidatos
- Aderbal Machado

- 17 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Assisti parte do debate entre os candidatos a prefeito de Balneário Camboriú pela Menina FM, via Youtube. O arcabouço, palavra da moda, escapou à minha admiração. O velho modelo precisa ser repensado. Abrir mais espaços verdadeiros para a enunciação de propostas. O exemplo foi o debate do NSC em Florianópolis, merecedor do elogio de todos os candidatos, independente de seus espectros político ou ideológico. Unanimidade. É isto.
Além disso, para uma organização como a Menina, de bom padrão técnico e estrutural, o debate foi cheio de falhas irritantes durante a transmissão. Ademais, a preocupação foi excessiva com imagem, apesar das mais de 12 mil visualizações no Youtube. No rádio apenas ficaria mais simples e objetivo. Não é uma unanimidade, sei, mas é meu pensamento.
Os entreveros eventuais entre os candidatos pode até render clicks e audiência, mas não aproveita nada para o eleitor saber, afinal, quais as propostas para a cidade. É aí que deveria se assentar o objetivo primordial dos debates.
Digo isso porque já promovi e dirigi dezenas de debates entre candidatos de alcance estadual e municipal. Num deles, corri um risco enorme: foi em Florianópolis, em 1985, disputa da prefeitura. O debate aconteceu no plenarinho da Assembleia Legislativa com público presente podendo participar e 12 microfones disponíveis para isso no meio do povo. Temi até pela boa ordem, tal o fanatismo de alguns, mas o comportamento dos participantes, apesar de assustador em alguns momentos, não levou a qualquer tipo de alteração mais significativa. O normal. O entrevero foi entre o público e os candidatos. Com altercações mútuas. Direto, na lata. Vis-à-vis. Ou "face to face". Porém, confesso: nos tempos atuais, não arriscaria.
E que mal pergunte, Menina: pra que dois apresentadores?










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