Contava repetidamente Victor Fontana, ex-deputado federal e ex-vice governador de Esperidião Amin no seu primeiro mandato (1982-1986), ao analisar os atropelos e discussões antecipadas de arranjos políticos em ano eleitoral: "No andar da carroça, a carga de abóboras vai se ajeitando".
O significado disso: as discussões e os entreveros, regra geral, são recheados de contradições, precipitações, agressividades, rompimentos, embates fratricidas. No fim, vencidos os prazos de disputas internas e a convenção afinal decide quem é quem na ordem das coisas, "cessa tudo o que a antiga Musa canta, pois valor mais alto se alevanta" (citando Luiz de Camões). As abóboras se acomodaram.
Decididas as formas e nomes, a o chamado "aggiornamento" ou atualização dos preceitos e objetivos. E os grupos entram na disputa eleitoral ocupando seus devidos lugares. Não sem ainda traições, embates, precipitações. Porém com o quadro definido, restando apenas o tradicional "quem pode mais, chora menos". Amiudando: quem tem mais voto, leva. E recomeçam as expectativas.
O jogo atual, como está sendo jogado, revela personalidades, a ponto de se observar, sem muito esforço, quem é medíocre e quem é superior. Quem se realça e quem se amesquinha.
Façam seus próprios julgamentos.