GETÚLIO E MILITARES - 1930 E 1964.
DUAS DITADURAS FEROZES, DOIS CONCEITOS
O 31 de março virou susto para muitos. Relembrar um fato meramente histórico, seja como golpe ou como revolução, é apenas não esquecer uma realidade vivida. Não vejo porque tantos salamaleques para evitar o tema. Ditadura por ditadura, golpe por golpe, Getúlio cometeu. E nem por isso alguém criticou seu nome em institutos, fundações, ruas, praças. Deu o golpe em 1930, insatisfeito (sim, foi isso) com o resultado da eleição presidencial. Deu golpe dentro do golpe em 1937, criando o chamado Estado Novo através de uma reforma constitucional, de torniquete feroz contra seus adversários - após uma tentativa de redemocratizar da Constituição de 1934. Também prendeu injustamente, ao ponto de mandar Olga Benário, mulher de Luiz Carlos Prestes para a Alemanha, deportada, onde morreu na câmara de gás. Também foi sanguinário, matando milhares nos porões federais. Também torturando, também arrancando unhas, também colocando no pau de arara.
A diferença é que a ditadura militar de 1964 é vista de um jeito e a ditadura de Getúlio é vista de outro, diametralmente oposto.
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Para detalhes históricos muito bem contados, recomendo a leitura dos três volumes de Lira Neto sobre Getúlio, em três diferentes periodos (foto), o livro de Samuel Wainer (memórias) "Minha Razão de Viver" e o livro de Fernando Morais 'Chatô, o Rei do Brasil".
Essas obras detalham episódios marcantes da vida de Getúlio e seu governo, sem disfarces, como devem ser boas obras.
