90% dos municípios de SC têm menos de um médico por 1.000 habitantes, diz estudo da USFC
- Aderbal Machado

- 26 de nov. de 2024
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A pesquisa, realizada por professores do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEco/UFSC), em parceria com o TCE/SC, traçou um diagnóstico, sob o ponto de vista da economia, das políticas públicas de telessaúde no estado.

Segundo a Demografia Médica no Brasil 2023, levantamento realizado pela Associação Médica Brasileira e a Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo, Santa Catarina tem uma média 3,05 médicos por mil hab.
Dados
A pesquisa revelou, por exemplo, uma desigualdade médica em Santa Catarina, evidenciada na quantidade de médicos por grupo de mil habitantes (hab): nas regiões metropolitanas é de 12 médicos por 1.000 hab; já nas cidades do interior, essa relação é inferior a 1 profissional por 1.000 hab. O estudo ressalta que, segundo o Censo do IBGE de 2022, 90% dos municípios catarinenses têm menos de 50 mil habitantes, e 55% menos de 10 mil.
Segundo o Atlas da Demografia Médica no Brasil 2023, levantamento realizado pela Associação Médica Brasileira e a Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo, Santa Catarina tem uma médica 3,05 médicos por mil hab. E a média do Brasil é de 2,41. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considera que a média ideal seja de 3,5 médicos por mil habitantes.
Outro dado da pesquisa diz respeito à otimização dos atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). São realizados, nas 1.114 UBSs distribuídas nos 263 municípios com até 50 mil habitantes, cerca de 7.261 atendimentos por dia. Desses, aproximadamente 20% são realizados via telessaúde, ou seja, por volta de 1.500 atendimentos diários.
Ainda de acordo com o Sistema Integrado Catarinense de Telemedicina e Telessaúde (STT), dependendo do exame, a telessaúde pode evitar 900 deslocamentos por dia. Em termos monetários, a pesquisa revela que dessa forma há uma economia anual de R$ 70 milhões, principalmente para municípios pequenos.
Outras constatações do estudo é que os equipamentos de telessaúde têm se tornado cada vez mais baratos e fáceis de utilizar; e que a ferramenta zerou filas de espirometria em um ano e evitou a explosão da fila da dermatologia.
TCE-SC










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