É de lei reclamar sempre e de tudo por todo o tempo, seja o que for
- Aderbal Machado

- 16 de ago.
- 2 min de leitura
Reclamar é um direito do cidadão, seja do que for, com ou sem razão. Criticar é um direito de todos, independente do que e quem. Simples assim.
Há, porém, situações e situações.
Uma: governos anteriores - principalmente o de Fabrício - ignoraram, simplesmente, seus próprios planos de governo escritos na época das eleições (Fabrício em dois mandatos sucessivos), o prolongamento da Martin Luther. Apenas nos últimos seis meses do seu segundo mandato, Fabrício resolveu dar um "up" e fingir que se interessou pela obra. Nem fez cócegas no sistema. Até pelo contrário, deixou embaraços legais em terrenos não liberados por falta de ajustes com proprietários.

Bem. Em seis meses, administração de Juliana Pavan meteu a mão, destravou os litígios (não eram "bicho de sete cabeças"), executou a obra planejada e vai tocando. Isso exigiu alterações no tráfego. E então vieram as reclamações e críticas. Não sobre a obra em si, mas suas consequências ou alterações necessárias.
Na entrada da cidade, eliminou-se o tráfego sentido sul em na Avenida do Estado, obrigando transitar pelo Bairro Ariribá. E então explodiram as observações de incômodos com a intensificação do tráfego de veículos por ali. Principalmente caminhões pesados, que teriam dificuldade de subir o aclive da rua de acesso ao novo trecho da Martin Luther. Depois de muitas demonstrações in loco por críticos, usando caminhões, o repórter Adilson, da Rádio Menina, levou ali um caminhoneiro manjado, bom de boléia, e ele mostrou que a maioria das dificuldades citadas eram só "barbeiragens", intencionais talvez, nas trocas de marchas dos caminhões na hora de subir. Mostrou que não era tão difícil assim.
Essas coisa de inovações, seja no tráfego ou em qualquer lugar, causam isso: na Panorâmica, acesso à Avenida Amélia Cherem Pio (ex-Avenida das Flores) foi a mesma coisa, lá atrás. Encenaram um monte de caminhões e até veículos leves emperrando ali por não conseguirem vencer a subida, causando problemas no trânsito. Durante a eleição. Passada a eleição, pouco se viu disso. Hoje ali é vedado o acesso a caminhões e ônibus. Poderiam ter feito uma rampa de subida menos severa, pois desviar caminhões para outra rota a fim de entrar na Marginal Leste e seguir para Camboriú ou Norte do Estado é meio estrábico. Eu acho. A propósito: precisa ser um motorista muito ruim (ou o carro ser um pau velho, quase sucata) para não conseguir trafegar naquela rampa sem dificuldade.
Relembro as violentas reclamações quando ocorreram mudanças na Estrada da Rainha ou quando se alterou o sistema de estacionamento na Avenida Atlântica, criando-se a ciclovia. O povo nunca se contenta, ainda mais quando isso atinge interesses privados ou até pessoais. O estacionamento rotativo é outro exemplo.
Bem, mas isto tudo vai continuar. Sejamos sinceros.
A questão é, sim, ouvir os reclamos, passar o crivo no que seja razoável e mandar às favas o que seja absurdo. Ambas as condições estão sempre presentes, sabemos todos.










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