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Tristeza familiar com morte de querido sobrinho e um alerta sobre Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Escrevi em minhas mídias sociais, tão logo soube do passamento de meu sobrinho, quase irmão, Cesar do Canto Machado, também jornalista, radialista, escritor emérito, pesquisador histórico e cultural:


Entristecido, registro o falecimento do meu sobrinho César do Canto Machado, o Cesinha, em Florianópolis, nesta data, após sofrer um AVC hemorrágico e seguir-se de sequelas graves, meses atrás. Fragilizado, não resistiu. Cesinha teve comigo e família períodos de convivência intensa, quando moramos em Florianópolis. Semanalmente nos visitávamos, alternando em sua casa e na nossa. Longas conversas sobre família, que ele adorava. Foi nosso anfitrião várias vezes no acampamento da CEF, de que era funcionário efetivo, em Jurerê. Suas virtudes pessoais são reconhecidas por todos quantos tiveram o privilégio de tê-lo como amigo e parceiro de jornadas. Pesquisador de história e escritor emérito, é dele a principal obra sobre a tragédia de 1974 em Tubarão, cidade onde a família de César morou durante muitos anos - talvez os seus anos mais felizes quando ainda estavam reunidos irmãos todos ainda solteiros e estudando, Cesinha, Osiris e José Clésio. Ele entrou para a CEF, via concurso. Osiris e José Clésio entraram para a magistratura catarinense. Osiris já aposentado e José Clésio ainda na ativa, aguardando a data-limite de aposentadoria (75 anos).

Morava na rua do Estádio Aníbal Costa, do Hercílio Luz, time pelo qual torcia de paixão. Outra paixão era o "Pó de Arroz", como ele chamava o seu Fluminense. Jornalista e radialista, exerceu suas funções em vários jornais e emissoras de SC, em Tubarão, Florianópolis e Criciúma. Vocação da família. Seu prazer pessoal, além de estar em família, era ficar horas e horas dentro de uma biblioteca ou de um arquivo histórico, pesquisando. Sabia tudo de nossa árvore genealógica. Talvez o único que conhecia nossas raízes atávicas, dado seu interesse invulgar pelos estudos de documentos. Sempre alegre, não recordo tê-lo visto algum dia carrancudo ou bravo. Nenhum dia. Era o mais novo dentre os filhos de César e Zezinha, meu irmão mais velho e minha cunhada, esta ainda conosco, graças a Deus. Estou com a alma rebentada. Até porque havia tempo que não nos víamos pessoalmente, apenas por aqui, nas linhas do tempo da Internet, ele que era adepto do twitter. Sua derradeira postagem data de 18 de janeiro, falando de vacina e vento sul. Se pudesse, estaria lá, dando-lhe o derradeiro abraço, prestando-lhe a derradeira homenagem de corpo presente. Não podendo devido à circunstâncias, faço-o aqui e agora. Vá em paz, meu sobrinho-irmão.


Pois escrevo isto e relembro, ainda entristecido, que Cesinha tinha uma indolência de família, com raras exceções, nos cuidados com a saúde preventiva. Sinais apareceram do AVC antes, quando chegou a desmaiar na rua. Fez um tratamento convencional, mas não continuou. Até que, novamente, veio um novo AVC e este o levou à morte, tal a violência.


Nós todos da família, com raríssimas exceções, somos infensos a médicos, consultórios e exames. Um mal fatídico. Ultimamente e não por isso, mas por insistência de dona Sonia, minha mulher, tenho cuidado mais, principalmente do coração. A filha Janaína me atendeu com recursos para uma internação particular no Hospital do Coração de Balneário Camboriú, com o receio de, se esperasse pela velocidade e recursos públicos, poderia ir embora. O coração estava no bagaço: 32% de capacidade de bombear sangue. Por isso, inchaço nas pernas e má distribuição dos líquidos. Reflexos nos pulmões, causando falta de ar quase insuportável. Tinha medo até de deitar e não mais acordar.


O dr. Eduardo Moioli, finalmente, numa consulta, aí sim pública, me atendeu várias vezes e pediu inúmeros exames, dois dos quais eletrocardiogramas. Num, o primeiro, constatou que uma arritmia que tenho poderia causar AVC. E me receitou Varfarina 5mg. Um comprimidinho, com dose de metade diária, para reduzir riscos de AVC. O impressionante: remedinho baratíssimo - R$ 10,00 uma cartela com 30. Só pra comparar com outro medicamento que tomo diariamente (duas vezes ao dia) há mais de dois anos, o Entresto, que custa R$ 10,00 cada comprimido. Coisa de laboratório e de licenciamento. Não há genérico pra ele. E é o único que me serve, diz o médico.


Então, o alerta é que, por mais que nos incomodemos com regras médicas e por mais que achemos que somos de ferro, é melhor cuidar-se.

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