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Saúde estadual alerta para presença da variante Delta do coronavírus em território catarinense

A VOC (da sigla em inglês, variante de preocupação) Delta (classificação de linhagem

P ANGO B.1.6.17.2) foi notificada pela primeira vez em julho de 2020 e tem apresentado um

aumento exponencial de sua detecção no mundo, com uma predominância de quase 90%

das amostras sequenciadas a partir de julho de 2021 em alguns países.


Em Santa Catarina, até o dia 10 de agosto de 2021, foram detectados 36 casos da variante

Delta em 20 municípios catarinenses. Desse total, quatro são considerados casos

autóctones (de transmissão dentro do estado), sete casos importados (transmissão fora do

estado) e 25 estão em investigação sobre o local provável de infecção. Acredita-se que com

a conclusão das investigações e a continuidade das ações de Vigilância Genômica,

realizada a partir de amostras biológicas com resultados detectáveis pela metodologia de

RT -qPCR para o vírus SARS-CoV-2, em breve será decretada oficialmente a transmissão

comunitária da VOC Delta no Estado de Santa Catarina.


As evidências têm apontado para o risco relacionado à disseminação da VOC Delta. A

Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que com a introdução desta variante há

possibilidade de aumento substancial de casos da COVID-19, com risco de saturação do

sistema de saúde. O Centers for Disease Control and Prevention - CDC dos Estados

Unidos, em seus estudos, indicou que as infecções ocasionadas pela VOC Delta são

provavelmente mais graves do que as variantes anteriores, e que indivíduos vacinados

infectados com esta variante podem ser capazes de transmitir o vírus tão facilmente quanto

àqueles que não foram vacinados.


Da mesma forma, pesquisadores ligados à OMS e ao Imperial College de Londres,

apontaram que a variante Delta é cerca de 97% mais transmissível do que o coronavírus

original identificado na China. O Reino Unido estimou que o risco de internação hospitalar

por COVID-19 pela VOC Delta é aproximadamente duas vezes maior quando comparado à

VOC Alpha, com risco de internação particularmente aumentado naqueles com cinco ou

mais comorbidades relevantes, levando a um incremento das taxas de hospitalização e de

mortalidade.


Ainda os estudos preliminares de imunização comparando as variantes Alpha e Delta,

observaram que há uma transmissibilidade maior em indivíduos não vacinados ou que

receberam apenas a primeira dose das vacinas COVID-19, fortalecendo os esforços para

maximizar a cobertura vacinal com duas doses. Dessa forma, ainda existem incertezas

quanto à potencial redução na efetividade das vacinas em relação à variante Delta,

principalmente em indivíduos imunossuprimidos.


Um levantamento da Academia Americana de Pediatria apontou que indivíduos de zero a

19 anos representam 15% dos novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos. Já dados do

Reino Unido mostram que a variante Delta levou a um aumento de casos pediátricos sem

alterar a proporção de crianças infectadas em relação à população em geral. Embora não

se tenham evidências de que a variante Delta tenha algum tipo de predileção por faixas

etárias específicas, o fato dela ser uma variante altamente transmissivel pode gerar um

aumento de infecções, acometendo todas as faixas etárias.


Considerando as evidências reunidas até o momento, a Secretaria da Saúde, por

meio da Superintendência de Vigilância em Saúde, recomenda providências

diante da introdução e risco de disseminação da VOC Delta do coronavírus em Santa

Catarina (ABRA O ANEXO E VEJA).

Nota de Alerta n. 13_2021
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