Projeto de autoria do Executivo, aprovado pela Câmara, aumenta para 100 o número de guarda-sóis e para 200 o número de cadeiras de praia que podem ser alugados concomitantemente pelos pontos licenciados nas praias do município (a Lei vigente até agora permite o aluguel de no máximo 50 guarda-sóis e 100 cadeiras).
Prefeito justificou com a ampliação da orla e, portanto, existência de mais espaço.
Isoladamente a justificativa nada explica. Dá até para entender. A problemática não está aí, porém. Está no abuso da reserva de espaços na orla, previamente ocupada, já nas primeiras horas da manhã, antes da chegada dos usuários, por essas pontos de aluguel de cadeiras e guarda-sóis. É um abuso nascido e criado e timidamente combatido pela fiscalização municipal desde sempre. Chegam, colocam nos pontos mais nobres esses equipamentos - à espera de clientes - e ali ficam até a chegada de ocupantes eventuais. Enquanto isso os demais usuários, que trazem suas próprias cadeiras e guarda-sóis são marginalizados.
Pode ser, é verdade, que a expansão da faixa de areia minimize muito o efeito disso, mas ainda é um direito esbulhado. E direito não tem condicionamento. Ou é ou não é.
