top of page

Meu avô Bernardino Machado

Atualizado: 18 de ago.

Meu avô, pai de papai, cumpriu uma trajetória política forte em SC: foi deputado estadual constituinte (1894) e exerceu dois mandatos (2ª e 3ª legislaturas), conforme mostram registros anexados, extraídos do livro "A Trajetória do Poder Legislativo Catarinense", de Lígia de Oliveira Stoeterau, editado no ano 2000 pela Assembleia Legislativa de SC.

Além de deputado e na condição de principal líder político da região, foi primeiro prefeito de São José e Palhoça, região da Grande Florianópolis. Em ambas ocasiões nomeado. Em Palhoça, construiu o primeiro prédio da prefeitura - e nem sei se ainda existe. Uma das principais avenidas da cidade tem seu nome honrado e honroso.

ree
Bernardino Manoel Machado (meu avô paterno) Casou duas vezes, a primeira com Constância Maria da Conceição e, a segunda, com Maria José Florentina (em 26/09/1883), e deixou descendentes, entre eles o filho, Manoel Telesforo Machado (meu pai). Trabalhou no ramo comercial de secos e molhados e, no ano de 1896, abriu o comércio Bernardino Machado & Filho, em Palhoça/SC, onde também era proprietário de uma botica, conhecido na região por suas “garrafadas” homeopáticas (bebidas caseiras à base de raízes e ervas), que entregava gratuitamente. Desempenhou a função de Coletor da Colônia Militar de Santa Teresa, localizada em São José/SC, de 14 de outubro de 1886 a 14 de julho de 1887. Em Palhoça, respondeu como Sub-Delegado de Polícia (1889), Delegado Literário, a partir de 10 de maio de 1890, e Comissário de Polícia (nomeado em 25 de abril de 1894). Em São José, foi Intendente Municipal (atual cargo de Prefeito), de 1890 a 1891. Como militar da Guarda Nacional, foi Capitão, nomeado por Deodoro da Fonseca, em 18 de fevereiro de 1891, Quartel-Mestre da Comarca de São José e, mais tarde, passou a Tenente-Coronel. A partir de 7 de abril de 1895, foi Superintendente Municipal de Palhoça, que havia se emancipado do município de São José. Pelo Partido Republicano Catarinense (PRC), foi eleito duas vezes Deputado Estadual ao Congresso Representativo de Santa Catarina (Assembleia Legislativa): para a 2ª Legislatura (1894-1895), alcançou 4.198 votos na eleição e foi 3º Suplente de Secretário da Mesa Diretora; e para 3ª Legislatura (1896-1897). Em 1904, mudou-se para Araranguá/SC Faleceu em 31 de março de 1918, em Araranguá/SC.
ree

Como deputado, em duas legislaturas, chegou a ser suplente da Mesa Diretora. Mas o fato mais notável é, sem dúvida, ter sido contemporâneo de figuras exponenciais da história do estado: Antônio Pereira da Silva e Oliveira, Henrique Rupp, José Boiteux, Vidal Ramos e João Cabral de Melo, dentre tantos outros.


Um outro fato: nas duas legislaturas exerceu o parlamento, também, o ilustre araranguaense Apolinário João Pereira, que continuou por mais um mandato e morreu de infarto no final de de 1900, após participar de uma comemoração na sua cidade.


APOLINÁRIO JOÃO PEREIRA Nasceu em 18 de março de 1864, na comunidade de Manoel Alves, interior de Araranguá/SC, e foi batizado em Torres/RS. Filho de João Luís Pereira e Mariana Joaquina dos Santos. Irmão de Domingos, Marcelino e Ricardo Pereira. Em Araranguá, foi: escrivão das Coletorias Estadual e Federal; Promotor Público; Superintendente Municipal (Prefeito) interino, no decorrer dos anos de 1894 e 1895, em substituição a João Fernandes de Sousa. Eleito Deputado Estadual três vezes ao Congresso Representativo de Santa Catarina (Assembleia Legislativa), participou dos seguintes mandatos: 2ª Legislatura (1894-1895), recebeu 5.666 no pleito, foi Constituinte de 1895 e Suplente de 1º Secretário da Mesa Diretora da Casa; 3ª Legislatura (1896-1897); e 4ª Legislatura (1898-1900), exerceu a função de Suplente de Secretário da Assembleia, no ano de 1900. Comandante da Polícia do Estado de Santa Catarina. Coronel Honorário do Exército, patente concedida pelo Marechal Floriano Peixoto, após seu desempenho de apoio ao governo central durante a Revolução Federalista, ocorrida entre 1893 e 1895, que teve confronto armado em Desterro/SC, capital catarinense, e que “entre enforcados e fuzilados, mais de 300 pessoas teriam sido mortas aqui na fortaleza por serem contrárias ao governo do Marechal Floriano Peixoto”, conforme o pesquisador William Wolinger relata ao ler a placa instalada na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim (atual município de Governador Celso Ramos/SC), para onde as forças legalistas e policiais levavam os “rebeldes” e realizavam as execuções. (OLIVEIRA, 2015). Apolinário foi convidado por Hercílio Luz, seu amigo pessoal, para exercer o cargo de Vice-Governador, porém não aceitou.   Faleceu em 18 de novembro de 1900, em Araranguá/SC.

(DADOS DE BERNARDINO E DE APOLINÁRIO FORAM RETIRADOS DAS PUBLICAÇÕES "MEMÓRIA CATARINENSE" E NA WIKIPEDIA)


 
 
 

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
LogomarcaMin2cm.jpg

Siga nas Redes Sociais

  • Branca Ícone Instagram
  • Branco Facebook Ícone
  • Branco Twitter Ícone
  • Branca ícone do YouTube

© 2020 | Aderbal Machado

bottom of page