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  • Foto do escritorAderbal Machado

Menos da metade dos pontos analisados pelo IMA estão próprios para banho nas praias de SC

O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) divulgou nesta quarta-feira, 28, o sexto relatório de balneabilidade da temporada 2022-2023, antecipando as informações para o fim de ano.

De acordo com as análises, 109 dos 237 locais avaliados do litoral catarinense estão próprios para o banho, o que representa 45,99%. Em Florianópolis, 34 dos 87 pontos onde há coleta estão em condições de receber os banhistas, o que representa 39,08%.

“O fator chuvas torrenciais, que foge ao controle humano, continua impactando nos resultados de balneabilidade de muitas praias catarinenses. Sendo impossível controlar ou conter as precipitações, seus danos, prejuízos, orientamos que seja evitado o banho por no mínimo 24/48 horas após as chuvas, em especial em locais próximos ao deságue de tubulações, valas, riachos ou rios, bem como, em locais com águas estagnadas”, reforça o gerente de Laboratório e Medições Ambientais, Marlon Daniel da Silva.

Importante informar ainda que a responsabilidade quanto ao saneamento, seja através de coleta e tratamento dos efluentes domésticos, é de responsabilidade municipal. Portanto, reclamações quanto a chegada de materiais contaminados com odores característicos ao mar, devem ser imediatamente denunciados à Vigilância Sanitária do município pertinente. O monitoramento é feito em 27 municípios litorâneos e mais de 100 praias e balneários do Sul ao Norte, compondo as cidades de: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Camboriú, Balneário Barra do Sul, Balneário Rincão, Barra Velha, Biguaçu, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Penha, Balneário Piçarras, Porto Belo, São Francisco do Sul e São José.

As análises realizadas pelo IMA são baseadas na Resolução Conama 274/2000 e tem como parâmetro a Escherichia coli, que é uma bactéria encontrada no sistema digestivo dos animais de sangue quente.

O local é considerado Próprio para banho quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros. Impróprio, quando no trecho avaliado for verificada uma das seguintes ocorrências:

  • não atendimento aos critérios estabelecidos para as águas próprias;

  • quando o valor obtido na última amostragem for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros.

Relatórios semanais De novembro a março, na alta temporada, os resultados das análises feitas pelo IMA são divulgados todas as semanas, sempre às sextas-feiras no período vespertino. Mas em decorrência do fim de ano, o sexto relatório foi antecipado. Já na baixa temporada, de abril a outubro, a pesquisa é feita mensalmente.

A coleta é realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, que mantém uma parceria com o IMA desde 2019, sempre de segunda a quarta-feira.

Santa Catarina tem o segundo maior monitoramento de balneabilidade do Brasil tendo como base uma metodologia de trabalho realizada há mais de 40 anos.

(Foto: Cristiano Estrela - SECOM)


ÚLTIMO RELATÓRIO DE BALNEABILIDADE AQUI

Como o próprio IMA coloca, as chuvas causam esses transtornos. Mas o que assusta são os índices de coliformes nas análises em muitos dos pontos analisados. Isto deveria preocupar bem.


NORMAS DE REFERÊNCIA


No Brasil, o órgão responsável por ditar as diretrizes acerca da balneabilidade é o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). A base legal definida para tal se dá por meio da Resolução n° 274, de 29 de novembro de 2000. Segundo esse regulamento, a avaliação das condições sanitárias é conduzida a partir da detecção de indicadores microbiológicos de poluição fecal. Além disso, essa resolução estabelece critérios, baseados em padrões de contaminação, que visam identificar as condições de balneabilidade de um determinado local, onde as águas destinadas à recreação de contato primário, ou seja, para banho, mergulho, esportes aquáticos, entre outros, podem ser classificadas em duas categorias: PRÓPRIA ou IMPRÓPRIA.


São consideradas próprias quando, em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas cinco semanas anteriores, no mesmo local, houver no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros de água. Por outro lado, são classificadas como impróprias quando em mais de 20% das amostras coletadas nas cinco semanas anteriores, no mesmo local, excederem a 800 Escherichia coli por 100 mililitros, ou quando o valor obtido na última amostragem for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros da amostra.


A utilização dos cinco resultados considera a grande variabilidade dos dados microbiológicos, representando a tendência de qualidade da praia. Sua classificação como imprópria indica, portanto, um comprometimento na qualidade sanitária das águas, implicando em um aumento no risco à saúde do banhista e tornando desaconselhável a sua utilização para o banho.


Em Santa Catarina, o “Programa Balneabilidade” é executado anualmente, desde o fim da década de setenta, pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), com coletas semanais no período do verão – entre novembro e março – e mensais nos demais meses do ano. Esse programa visa o monitoramento das condições bacteriológicas das águas utilizadas para lazer nas praias catarinenses e tem por finalidade fornecer informações ao público sobre as condições de balneabilidade nos pontos de monitoramento.

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