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FIESC: obras de repactuação da BR-101 Norte são insuficientes

Trabalho realizado com informações do TCU aponta que hierarquia de prioridades e ausência de obras em alguns trechos criam lacunas e novos pontos de estrangulamento do tráfego e recomenda reajustar plano de obras
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A Federação das Indústrias de SC (FIESC) atualizou o estudo que analisou as obras previstas na proposta de repactuação do contrato de concessão da BR-101 Norte com informações oficiais recebidas do Tribunal de Contas da União (TCU). Divulgado no último dia 2, durante a apresentação da Agenda da Infraestrutura, o documento concluiu que não serão suficientes.


A repactuação vai ampliar a duração do contrato em 15 anos, com o vencimento passando de 2033 para 2048.


Para o presidente da FIESC, Gilberto Seleme, a repactuação é um momento histórico, e Santa Catarina não pode perder a oportunidade de garantir obras essenciais e necessárias para a rodovia, que é o principal corredor logístico do estado. 

“Temos obras emergenciais que precisam iniciar logo, começando pelos pontos mais críticos. Também é preciso prever níveis de eficiência e segurança capazes de atender não só a demanda atual, mas também o crescimento da economia e da urbanização dos municípios atendidos pela BR-101”, defende.

A proposta do Ministério dos Transportes sob análise do TCU prevê 205 intervenções no trecho, distribuídas em 71 vias marginais ou ruas laterais; 22 viadutos; 10 retornos em desnível, 43 obras de faixas adicionais, 33 obras de arte especiais (como viadutos e pontes) e 26 obras como passarelas e outras melhorias.


O estudo, elaborado pelo engenheiro de tráfego e consultor da FIESC Lucas Trindade, aponta que o conjunto de obras que compõem a proposta de repactuação, embora substancial, não cobre adequadamente os piores gargalos operacionais e de acidentes na rodovia. 

“Esses gargalos acabam criando “lacunas” que, se não corrigidas, comprometerão a fluidez e a segurança do trânsito e o desenvolvimento socioeconômico do entorno”, avalia Trindade.

Ele explica que segmentos da rodovia na região metropolitana de Joinville - altamente industrializada - já operando em níveis inadequados, tiveram obras e melhorias classificadas como de baixa prioridade. Além disso, o trecho entre Araquari e Barra Velha não foi contemplado com melhorias. Isso significa que esse segmento se tornaria um gargalo, estrangulando o fluxo futuro. Ao criar faixas adicionais e vias marginais, o trânsito ganha fluidez, mas quando esse fluxo alcança um trecho sem obras, as filas e engarrafamentos voltam a se formar.

“As travessias urbanas nas regiões de Joinville, Itajaí-Itapema e Grande Florianópolis representam os maiores gargalos sistêmicos da BR-101 Norte. Concentram cinco vezes mais acidentes e o volume de tráfego é três vezes maior, mas no plano de repactuação, nem todas as obras nesses segmentos têm alta prioridade”, explica o engenheiro.

Recomendações

A Federação das Indústrias de SC (FIESC) destaca que seria necessário refazer as prioridades dos investimentos para focar nas áreas de maior impacto e promover maior sinergia entre os trechos, usando como critério os níveis de serviço.


O ideal seria redistribuir as obras ao longo da rodovia para evitar que obras de melhoria em um determinado trecho acabem estrangulando o tráfego em trechos que não foram contemplados. A falta de passarelas para a travessia de pedestres em locais críticos e a previsão de passarelas em locais menos necessários também foram apontados no estudo.


Para que mais obras possam ser incluídas e prever a longevidade dos investimentos, o estudo recomenda ampliar o prazo de repactuação para mais 30 anos.


Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

Gerência de Comunicação

 
 
 

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