Festa dos Pescadores pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial de Balneário Camboriú
- Aderbal Machado

- 9 de jul.
- 2 min de leitura
Projeto de Lei foi protocolado na Câmara de Vereadores pela prefeita Juliana Pavan
A prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan, apresentou na Câmara de Vereadores o Projeto de Lei Nº 174/2025 que declara a Festa dos Pescadores como Patrimônio Cultural Imaterial do município. O documento foi entregue na noite de segunda-feira (7), durante sessão solene em homenagem ao centenário da Colônia de Pescadores Z7.
De acordo com a proposta do Executivo, a própria Colônia Z7 será corresponsável, junto à Fundação Cultural de Balneário Camboriú, por adotar e propor medidas destinadas à proteção, valorização e preservação da Festa dos Pescadores. A iniciativa visa reconhecer a importância histórica e cultural do evento, que ocorre tradicionalmente no Bairro da Barra.
“Reconhecer a Festa dos Pescadores como patrimônio cultural imaterial significa garantir sua preservação e incentivar políticas públicas voltadas à valorização da cultura local. Além disso, é uma forma de contribuirmos para a resiliência das comunidades tradicionais e fortalecer Balneário Camboriú como um município que honra sua história e apoia a sustentabilidade sociocultural”, afirmou a prefeita.
Juliana também destacou que a Festa dos Pescadores vai além de uma celebração comunitária: ela reafirma o pertencimento cultural e preserva tradições centenárias da Colônia Z7. “Durante a festa, são transmitidos conhecimentos, costumes e histórias que fortalecem a memória coletiva do Bairro da Barra e da cidade como um todo. O evento também impulsiona o turismo cultural, atrai visitantes e fomenta a economia local”, pontuou.
Segundo a prefeita, a festa ainda exerce papel fundamental na valorização das práticas pesqueiras sustentáveis e na preservação da história dos colonizadores açorianos que fundaram o antigo Arraial do Bom Sucesso — povoado que deu origem a Balneário Camboriú no século XIX. “Nosso objetivo com este projeto é garantir que tudo isso seja mantido, respeitado e valorizado pelas próximas gerações”, completou Juliana Pavan.
Documentário sobre a Colônia Z7

Durante a solenidade, a prefeita também assinou a ordem de serviço para a produção de um videodocumentário sobre a Colônia de Pescadores Z7, que completa 100 anos em 2025. O investimento é de R$ 59.800,00, com previsão de conclusão e entrega do material até dezembro deste ano.

“A Colônia Z7 é um símbolo vivo da nossa origem, da nossa relação com o oceano e do modo de vida que moldou a cultura local muito antes do crescimento urbano e do turismo que hoje nos projetam para o mundo. Registrar essa trajetória centenária é um gesto de respeito e gratidão. É garantir que as novas gerações conheçam de onde viemos, valorizem nossas raízes e compreendam o papel vital que a pesca artesanal teve — e ainda tem — na formação da nossa cidade”, acrescentou a prefeita.

A Colônia de Pescadores Z7 foi fundada por pioneiros da pesca artesanal em 1925, no antigo Arraial do Bom Sucesso, atual Bairro da Barra, e é a segunda mais antiga de Santa Catarina. Seu legado ultrapassa gerações e segue como referência para a preservação da cultura pesqueira, da economia tradicional e da identidade do município.










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