E passados os anos, ainda lutamos por mais segurança e na "cidade mais segura" de Santa Catarina
- 24 de out. de 2021
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As estatisticas de todas as forças, o reconhecimento de entidades oficiais, a propaganda oficial - tudo direciona a um positivismo de nossa segurança. No concerto de cidades turísticas, somos considerados os melhores de SC e um dos melhores do Brasil. Seguimos crendo nisso, se compararmos com estatísticas e realidades de tantas outras cidades do porte de Balneário Camboriú.
Agora, todavia, entidades representativas da sociedade uniram-se num apelo por mais segurança, em razão de furtos, roubos, consumo e tráfico de drogas nas regiões mais nobres da cidade e a céu aberto e à luz do sol. A qualquer hora e ante qualquer circunstância. Isoladamente ou, com descaramento, em meio às pessoas. Até próximo de guarnições policiais.
A segurança sempre foi, a um só tempo, nosso forte e nosso fraco. Vem de muitos anos a velha briga por "mais efetivo" da PM. Ironicamente, quanto mais se brigava por isso, mais reduzia o efetivo. A ponto de se comparar: há 30 anos, Balneário Camboriú tinha praticamente o dobro do efetivo atual (ou mais) e com uma população de quase um terço da que temos hoje. Ou seja: temos menos policiamento em número absoluto e relativo, comparativamente à população.
Não fosse o surgimento da Guarda Municipal, estaríamos na rés-de-chão e invadidos por marginais de todos os calibres. Se bem que, hoje ainda, todos os dias (basta seguir os registros policiais e da própria GM) são flagrados e presos na cidade, no centrão nervoso e nas periferias próximas e remotas, marginais com mandado de prisão em aberto, foragidos ou com alentadas fichas de alterações policiais - alguns dos presos têm mais de 50 e até mais de 100 BO's no passivo.
Precisamos ir adiante? Claro que sim. Está horroroso? Não. Mas ótimo também não.
O povo está cansando de ver furtos menores, assaltos a pessoas nas ruas, maconheiros e drogados ocupando pontos desocupados até da orla - ou principalmente da orla.
Dirão que isso seria uma medida de "higienismo social". Aos que assim defendem, sugerimos se tornarem como os bons samaritanos e, para dar lógica e sentido às suas teses, convidarem essas pessoas, quando as perceberem nas ruas, a montar acampamento diante de seus prédios ou lojas. Ou, quem sabe (melhor ainda), num pequeno vão de seus terrenos, se moradores de casas.
É fácil teorizar sobre um problema quanto não se tem a obrigação de resolvê-lo diretamente. Acrescente-se: grande parte desses moradores de rua e/ou andarilhos, não querem atendimento do serviço social da prefeitura. E muito menos querem trabalhar.
O prefeito de Criciúma, sobre o tema, foi mais longe: vetou a permanência dessas pessoas por tempo indeterminado no abrigo municipal, se elas não quiserem trabalhar e sair das ruas: (https://fb.watch/8R50Qq7UPo/)
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