Decidir é bom: por caduquice, por impertinência ou por ser chato, mas é bom estar em paz
- Aderbal Machado

- 19 de jun.
- 1 min de leitura
Se der errado, fica a lição. É simples.
Mudei muito, renunciei a coisas boas, profissionalmente falando, e entrei em muita fria. Ficou a lição. Estive em lugares pra onde não voltaria jamais e estive em outros para os quais voltaria, mas as circunstâncias se alteraram ao longo do trajeto.
Acho que tenho um jeito de ser assim: se tiver de decidir, decido. Hoje já com certos cuidados quanto aos eventuais resultados ou consequências, mas decido. O último exemplo é recente: saí por vontade própria de um belo cargo público, salário bom, pra voltar a fazer rádio com um salário menor. Eu vivia, em verdade, como um peixe fora d'água. Já fui servidor público comissionado outras vezes, em situações e épocas diferentes. Me dei bem, modestamente. Mas acabou. Entretanto, a mim me agoniza viver dependendo de burocracias, de aprovações daqui e dali para tocar algo em frente, muitas reuniões que levam a lugar nenhum, algumas recheadas de encrencas e entreveros insuportáveis.
Pode ser minha paciência pedindo socorro ou se esgotando pela idade provecta. Nem duvido. Fiquei pragmático demais. Ou caduco. Ou sensitivo em demasia. Ou, como ainda diria mamãe, a Senhora Dona Amarfilina Machado, "impertinente" ou meramente, no vulgo popular, um chato de galocha. É possível.
Mas considerem o que quiserem: eu quero é estar em paz comigo. E fim.










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