Aqui cheguei em 1997 e conheci o bar C.A.P.O.P. do Álvaro, na Praia do Estaleiro
- Aderbal Machado
- há 4 dias
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Quando aportei em Balneário Camboriú para ficar (1997, agosto), vivi peripécias interessantes. O Silvano Silva, diretor da Rádio Menina, por quem fui contratado para apresentação do Bote a Boca no Trombone, reservou-me - antes mesmo de saber se eu aceitaria ou se agradaria às suas exigências -, um quarto no Hotel Pecon, do Nelson Nitz e do Carlos Humberto Silva (disso só soube depois). Ali fiquei uns tempos. Minha mulher Sonia ficou em Criciúma e eu aqui. Ia e vinha todo final de semana ou feriados. E assim foi no dia 6 de setembro, mês seguinte. Retornei no dia 7 e, ao entrar, muitos caminhos estavam interditados por causa do desfile patriótico. Deu pano pra chegar até o Pecon, desabituado com os corredores e escaninhos viários da cidade. Este foi um dos começos. Muitos outros ocorreram e os relatarei com o tempo.

(PRAIA DO ESTALEIRO EM 2009 - IMAGEM DO ARQUIVO HISTÓRICO)
Mas naquela época, um pouco depois, já morando num apartamento do Grupo Narbal Souza, no edifício Cidade Icaraí, na rua 2101 (atual Osmar de Souza Nunes), apartamento 906 e dona Sonia alojada, mudança feita, um pessoal nos convidou para conhecer a Praia do Estaleiro. E ali chegando fomos a um bar bem no ponto principal, pertinho do salva-vidas. Esse bar, soube, era de um amigo dos meus amigos, chamado Álvaro. Entramos, iniciamos os relatos sociais, papo vai, papo vem, risadas mil, curiosidades satisfeitas. Um pessoal muito legal aquele. E, ao dar um giro na rua, percebi o nome do bar: C.A.P.O.P.. Achei esquisito. Quem sabe fosse a sede de alguma entidade, imaginei. E fui lá dentro indagar do Álvaro: "Por que C.A.P.O.P.?" Ele explicou, calmamente e com voz pausada: "Quando resolvi instalar este bar, um monte de gente me desaconselhou; que não ia dar certo, que teria prejuízo, que iria jogar dinheiro fora e outras coisas. Mas eu teimei e fiquei e estou aqui agora". Eu, mais curioso: "E o que tem isso a ver com o nome do bar?". É que, pra responder aos louvaminheiros da desgraça e do pessimismo, coloquei o nome. Significado de C.A.P.O.P:
Cagando e Andando Para Opinião Pública".
Depois voltamos muitas outras vezes ao barzinho do Álvaro, que se tornou um bom amigo. Rimos muito, contamos ali muitas mentiras e nos divertimos. Sempre cagando a andando pra opinião pública.
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