A vital preocupação: a superlotação da cidade
- Aderbal Machado

- 19 de out.
- 2 min de leitura
Interessante matéria veiculada pelo NSC Total, dá a dimensão de uma realidade que, se concretizada, praticamente inviabilizaria a cidade urbanisticamente.
Com seus 45 km² de área e em torno de 140 mil habitantes, Balneário Camboriú é a cidade mais densamente povoada: 3,3 mil habitantes por km². A maior do estado e uma das maiores do Brasil. As maiores densidades de SC estão, além de BC, em São José, Itapema, Criciúma e Itajaí. Os dados, além de mais abordagens complementares, estão na matéria do NSC Total, que pode ser lida AQUI.
Hoje, algo como 40% dos imóveis (apartamentos) da cidade ficam desocupados, exceto nas temporadas, quando a cidade superlota. Isto leva à observação de que, se ocupados permanentemente todos estes imóveis, a cidade pararia de funcionar em quase tudo. Travaria, literalmente. Basta ver o que já ocorre hoje nas horas do rush no trânsito.
A propósito disso, uma discussão interessante ocorreu no WhatsApp do grupo Café com História, da Fundação Cultural, entre membros nativos ou viventes daqui há mais de 61 anos, quando BC ainda era uma pequena vila da orla pertencente a Camboriú.
Disse lá o historiador Carlos Alberto Schlup:

"Eu já comentei que sou a favor do alargamento para melhorar a infraestrutura da orla. A ciclovia é muito estreita, a largura da calçada foi definida pelo muro de arrimo feito em 67/68. A largura da Avenida Atlântica foi definida, quando da pavimentada com lajotas concluída em dezembro de 1970. Não consigo entender que fizeram 100 m de alargamento e deixaram a Avenida Atlântica com as mesmas míseras duas faixas. Uma cidade que não pode alargar suas ruas e avenidas, dispensar tamanha oportunidade. Em março de 1971 quando foi inaugurado o aterro de Copacabana, transformaram as quatro pistas existentes e seis e um imenso calçadão, com estacionamento na diagonal. Proporcionalmente, à área do aterro e da reurbanização, parecem ser equivalentes. Lá fizeram a galeria junto com a obra, aqui alarga primeiro e depois faz a galeria. Em poucos anos, quebra tudo e faz mais pistas nos dois sentidos. Façam suas apostas. Estamos 50 anos atrasados ?" (A IMAGEM COMPARATIVA DO ALARGAMENTO DE COPACABANA, MOSTRADA ACIMA, É DELE)
Num momento de discussão e votação do Plano Diretor, é muito pertinente a discussão.
Lá no Whats o historiador Isaque de Borba Correa opinou:
"Por mim deixaria essa av Atlântica velha ajudando a Av Brasil e faria um nova Atlântica."
E Schlup complementou:
"Sim, sem dúvida, a questão é usar essa imensa área para o trânsito já congestionado. Nova Atlântica com duplo sentido. Somente a Quarta Avenida e a Brasil no sentido sul não comporta o trânsito atual."
Bom ver cidadania sendo discutida com intimidade. A cidade precisa disso, mas precisa mais ainda que isso se traduza no enfrentamento da realidade como deve ser: com obras estruturantes e modificativas do status quo urbanístico. Ou seremos inviabilizados em não muito tempo.
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(A IMAGEM ILUSTRATIVA PRINCIPAL É MINHA, DO COMEÇO, LÁ POR 2008, QUANDO AINDA TRABALHAVA NA RÁDIO 99, DEPOIS TRANSAMÉRICA)
(PUBLICIDADE INSTITUCIONAL)











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