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  • Foto do escritorAderbal Machado

Os partidos e a infidelidade estatutária e política, um advento que simboliza o "novo normal"


Partidos políticos desacreditados. Não passam, muitos deles e em verdade, de depósitos de infiéis, privilegiados, renegados, trânsfugas e, no fundo, mentirosos para consigo mesmos e para com seus eleitores.


Este momento, por exemplo, tem uma demonstração inequívoca disso: PP e MDB discutindo se lançam e prestigiam seus candidatos próprios, legitimando sua própria condição como legenda política, ou se apoiam o candidato Carlos Moisés à reeleição. Os movimentos neste sentido, de deputados e prefeitos, demonstram uma falta de personalidade e de identidade imensa, danosa sob todos os sentidos, principalmente para o eleitor partidário.


E a tendência dessas forças, bom dizer, tende ao apoio ao governador, se nada acontecer na Convenção - se houver convenção como a gente imagina deve ocorrer ou se será apenas um evento convalidatório.


Menos mal que Antidio Lunelli, pré-candidato a governador do MDB e Esperidião Amin, senador, auto-anunciado pré-"candidatíssimo" ao governo, jogam um pouco de água na fervura. Mas podem ser derrotados e ficarão sem eira e nem beira. Ambos não têm a força de mudar muita coisa, se a maioria partidária decidir de verdade para outro lado.


Mas que será vergonhoso, será. Se ocorrer, será constrangedor, futuramente, esses partidários buscarem seus companheiros para fazer campanha.


Os mais novos - e os nem tão novos assim - ficariam abismados se tivessem vivido intensamente, como vivemos, os tempos de UDN e PSD, quando fidelidade não era uma retórica nem algo definido em lei ou regimento ou estatuto: era vergonha na cara mesmo. Inimaginável, naqueles tempos, sequer um eleitor de um partido votar em candidato do outro ou, pior, o político mudar de um para o outro partido. Fazer campanha, nem pensar. Seria execrado. Linchado politicamente. Dizia-se naqueles tempos: se fizer isso, não se elege mais nem "inspetor de quarteirão", nível mais inferior da carreira de segurança de então. Hoje é "não se elege nem pra síndico de prédio".


Os tempos são outros e mudar o sentido de ideologias e fidelidades é o novo normal. Mormente se envolver vantagens materiais diretas e indiretas.


Veremos o que o povo dirá nas urnas.

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