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  • Foto do escritorAderbal Machado

Eleitores 16-17 anos: muita euforia com o crescimento de novos, mas é ainda insignificante no total

Após as intensas e persistentes campanhas pelo voto (não obrigatório) dos jovens entre 16 e 18 anos, temos uma euforia proporcional e uma realidade inconvincente nos números absolutos. Parte-se de um dado: SC tem em torno de 500 mil habitantes nessa faixa etária e apenas 77 mil, conforme os dados até aqui, habilitados ao voto em 2022.

Os números proporcionais criaram uma fantasia: o crescimento das inscrições eleitorais desse público em relação ao pleito de 2020: mais de 250%. É significativo, mas fica por aí - na proporção relativa. Parece muito. Só parece.


Todas as matérias trabalham com esses dados, como se fosse algo extraordinariamente decisivo. E assim os mais desavisados mentalizam algo espetacular., mas fica um dado: olhando-se a relação população efetiva e eleitores nessas idades ainda navegamos numa dado irrefutável, longe de influência decisiva para qualquer lado: afinal, nesses números está escrito: 85% dos jovens nessas idades não se interessam por eleição. Ponto.


Na Amfri, especificamente, há perto de 500 mil eleitores. Com as novas inscrições, não chegam a 5.000, no total, os eleitores entre 16-18 anos na região inteira - 11 municípios. Menos de 1%. Em alguns municípios, não elegem nem um vereador, se votarem maciçamente num nome.


Os novos dados, com a campanha de inclusão de novos eleitores em SC, aptos ao voto em 2022, mostram crescimento em todos os municípios da Amfri, exceto Navegantes e Luiz Alves, que perderam eleitores, devido ao cancelamento de títulos na última revisão eleitoral.

Balneário Camboriú saltou de 90.447 eleitores em 2020 para mais de 97 mil em 2022.

Enquanto isso, Navegantes perdeu mais de 7.500 eleitores e Luiz Alves perdeu mais de 1.000.


Em relação a tudo isso, o voto desses jovens desobrigados a comparecer nas eleições ainda esbarra em várias incógnitas, sendo a principal delas a que atormenta todos os candidatos: a abstenção ou o não comparecimento ao voto. E no caso deles é ainda melhor porque sequer serão punidos por isso, já que não há obrigatoriedade formal.


Faltou, na perspicácia voluntariosa do TSE, uma campanha de estímulo ao voto dos idosos - daqueles com idade acima de 60 anos, incluindo os acima de 70, já desobrigados da obrigatoriedade: eles são mais que o dobro do eleitorado entre 16-18 anos.

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