top of page
  • Foto do escritorAderbal Machado

Bolsonaro em Balneário: dos exageros às irrealidades de público, expectativas em SC e os números

Repercutindo, ainda, a vinda de Jair Bolsonaro a Balneário Camboriú, já suficientemente esmiuçada em exageros para todos os lados. Exageros pra baixo e pra cima.


Coisas menores, como discussões apaixonadas de contrários e favoráveis, intercaladas com xingamentos básicos e algumas afrontas bobas que nada somam (até pelo contrário), atingindo partidos, instituições, igrejas e pessoas, sem muitos pejos.


E coisas maiores, como conceituações de jornalistas. Num caso, comentando como "fracasso" - sem corar. Noutro caso, dimensionando como "a maior concentração política de SC", segundo Cacau Menezes. Deu uma estradulada básica, convenhamos. O que não desfaz a realidade. Tanto um como outro comentário. Ou "análise" de "especialistas", se preferirem.


Prefiro ficar com os pés no chão. Tinha bastante público. A PM fala em 25 mil pessoas. Por mim, se houve 10 mil tá de bom tamanho. Há quem diga ter havido mais gente.

Mas falemos de outro lado: as projeções da eleição em SC.


Há quem preconiza - e precisa ser peitudo pra dizer isso - que o PT virará a eleição aqui. Não vira. Nem aqui, nem no RS e nem no Paraná, para falar só do sul. Vai perder nos três estados.

De qualquer maneira, bom relembrarmos os números de todas as eleições presidenciais, em SC, desde 1989, com seus primeiros turnos (1992 e 1998, com FHC) e nos seus segundos turnos (1989 em diante).


Delas, só em 2002 o PT venceu em SC, com Lula contra Serra.

Depois, tanto Lula, em sua reeleição, quando Dilma (duas vezes) e Haddad (contra Bolsonaro), perderam. Com diferenças expressivas e crescentes.


Os números demonstram claramente:


Desde 1989, exceção de 2002, o PT decaiu na votação em SC, na mesma proporção em que os candidatos adversários cresceram, eleição por eleição, o que é matematicamente lógico.


Olhem os números:


ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS EM SC


PRIMEIROS TURNOS


1992

FHC = 789.001 (33,20%)

LULA = 630.999 (26,55%)


1998

FHC = 1.255.253 (49,43%)

LULA = 929.698 (36,61%)


SEGUNDOS TURNOS


1989

COLLOR = 1.167.689 (50,32%)

LULA = 1.152.730 (49,68%)


2002

Lula = 1.914.684 (64,14%)

Serra = 1.070.502 (35,86%)


2006

Alckmin = 1.776.776 (54,53%)

Lula = 1.481.344 (45,47%)


2010

Serra = 2.030.135 (56,61%)

Dilma = 1.556.226 (43,39)


2014

Aécio = 1.961.224 (52,89%)

Dilma = 1.140.432 (30,76%)


2018

Bolsonaro = 2.966.242 (75,92%)

Haddad = 940.724 (24,08%)


Mas as pesquisas da época, agora abordando Brasil, indicavam o contrário. O que demonstra isso? É bom prestar atenção às pesquisas de agora. É um sistema igualzinho ao das eleições passadas, sem tirar e nem pôr. Como dizem, tem método. Vão chutando, chutando, chutando e, próximo da eleição, para não se desacreditar por completo, vão ajeitando os números. Conta de "chegada". Uma mostra, em publicação da Veja e da Exame, à época (outubro de 2018):


LogomarcaMin2cm.jpg
bottom of page