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A Terceira Via que nem chegou e a forma de aliados tratarem Bolsonaro (um erro que pode sair caro)


Deixar fluir o tempo e aguardar o rescaldo dos acontecimentos do dia 12 é sempre bom.

Indo direto ao cerne: um vexame. A tal “Terceira Via” é uma piada. Uma solene esculhambação, onde ninguém manda e ninguém obedece. Uma mistura de jacaré com cobra d’água.

Em nenhum lugar houve algo de expressão. Em nenhum. Isso traduz tudo. Nem em SP, onde alguns titulares do noticiário político de esquerda estavam. O palanque estava cheio e a rua vazia. Falaram pro vento.

Mas isto é só o fato menor. O maior está na curiosa e fantástica manobra que a imprensona busca, aliada aos oposicionistas de todos os quadrantes, para tentar anular, conceber uma realidade diferente, problematizar, gerar um fato que poucos viram em relação à carta escrita pelo presidente Bolsonaro, apaziguando os ânimos num momento complicado da vida nacional.

Como já disse aqui noutra avaliação crítica, o presidente deu uma guinada importante, causando estupefação até (ou principalmente) na sua base, dos mais fiéis aos mais acomodados. A princípio, alguns desejariam um rompimento – ou ruptura – violento. O clima é desfavorável e nem há clima para isso. Mesmo porque uma ruptura como muitos pensam depende da vontade das Forças Armadas. E neste momento, sabemos todos, elas não estão a fim. E ainda que fosse possível, seria uma hecatombe institucional, política, diplomática e econômica.

Há uma semelhança de quase humilhação, devido ao pedido de desculpas. Todavia, serviu para arrefecer ânimos por demais inchados de raiva e antagonismo. Chama-se isso de diplomacia necessária, em que alguém perde e alguém ganha. Lá na frente, no reagrupamento das hostes, vê-se o que é melhor e possível.

Pena que, em meio a isso tudo, muitos antes fiéis seguidores estejam querendo se tresmalhar do rebanho, sugerindo, até, uma eventual saída de Bolsonaro do cenário em troca de um nome “de consenso”, contudo de direita. O complicado é ter um nome deste no espectro (direita ou conservadorismo) e ainda por cima com capacidade de enfrentar a liça que virá em 2022. Neste momento pode-se dizer: ninguém supera, neste aspecto, a figura de Bolsonaro.

Além do que há uma figura de injustiça: o cara passa agruras imensas, dá o sangue, se quebra todo, vai pro front disputar o campo a ser conquistado e, na hora de colocar em jogo tudo isso que, por mérito, conquistou, querem retirá-lo entregando a alguém que ficou no bem-bom o tempo inteiro, só bebendo o sumo já coado enquanto ele apanhava.

Esses que hoje se voltam contra Bolsonaro não são muito diferentes daqueles que se elegeram graças a ele e pelo fato de estarem a ele vinculados (e os nomes são muitos e são conhecidos por demais) e hoje, traidores que são por não terem atendidas às suas ambições e conveniências pessoais e políticas, simplesmente caíram fora e o atacam com virulência total.

E desses, até onde se pode depreender pelo que se lê, sabe e ouve não se elegem nem mais pra inspetor de quarteirão.

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